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Bentley Centanne segue o exemplo da Cybertruck da Tesla

A Bentley não está a pensar produzir uma pick-up eléctrica para concorrer com a Cybertruck e, muito menos, vendê-la por 35.000 dólares. Vai sim apostar numa estética fracturante, como a Cybertruck.

A estética é um dos principais motivos de escolha quando se trata de adquirir um automóvel novo. Mas nem sempre é fácil decidir se o que os clientes favorecem é um modelo considerado “bonito” pela maioria, ou se a preferência recai nos ditos veículos com mais “personalidade”. A questão ganhou outra dimensão com a introdução da Cybertruck da Tesla.

Quando a Tesla revelou a sua pick-up, não faltaram os que a acusaram de ser esteticamente discutível. Porém, quando se tornou público que existiam mais de 535.000 potenciais clientes que formalizaram as suas encomendas, o caso mudou de figura. As piadas sobre as estranhas formas da pick-up “acalmaram”, passando esta a ser apontada como inovadora e plena de personalidade. Agora, vem a Bentley apresentar um protótipo que parece surfar o mesmo tipo de argumentos.

A Bentley é, a par da Rolls-Royce, um dos construtores mais refinados do mundo. Não lhe cabe tradicionalmente inovar ou ser demasiado futurista, mas sim desenhar os seus modelos como se tratassem de obras de arte – únicas, elegantes, a transbordar de classe e charme. Porém, tudo indica que a marca britânica poderá estar a mudar de estratégia.

Vem isto a propósito do novo Bentley Centanne, uma proposta “ousada”, que faz lembrar uma shooting brake do século… 30! O Centanne é um protótipo de um veículo eléctrico com um motor por roda que visa uma utilização mais versátil. Na traseira surge um espaço cuja volumetria pode crescer à medida das necessidades, mas sempre pensada para actividades como a caça ou a pesça, pelo que nada de ousar ir ao Ikea com o Bentley.

O construtor britânico já admitiu que tem clientes para um modelo eléctrico, que será produzido assim que as baterias conseguirem fornecer a desejada capacidade, uma vez que os modelos da marca são pesados e percorrer uma distância de somente 500 km entre recargas não é aceitável para a Bentley. Os responsáveis por este fabricante do Grupo Volkswagen acreditam que o cenário poderá ser alterado em 2025.

Fonte: Observador

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