Motores de combustão vão durar mais 30 anos. Mas não todos
A BMW, à semelhança da maioria das marcas, vai ter de abrir mão de alguns dos seus motores de combustão. Mas muitos outros vão ficar no mercado por mais 20 anos, no caso dos diesel, e 30 nos gasolina.
A necessidade de cumprir os limites de dióxido de carbono (CO2) impostos por Bruxelas vai conduzir ao desaparecimento de muitos motores do mercado, sejam eles a gasolina ou a gasóleo. Esta necessidade “ataca” todos os fabricantes e a BMW não foge à regra, tendo já admitido que o turbodiesel com seis cilindros em linha e quatro turbocompressores ia deixar de ser comercializado na Europa. Mas sabe-se agora que os cortes não vão ficar por aqui.
Numa entrevista à Automotive News, o responsável pela Investigação e Desenvolvimento (I&D) da marca alemã, Klaus Fröhlich, confessou que, além do quadriturbo a gasóleo que vai ser descontinuado por ser demasiado caro e complexo, também o pequeno 1.5 diesel de três cilindros será abandonado, sendo este um motor particularmente mais importante para o mercado português, uma vez que serve as versões mais acessíveis da Série 1, Série 2, X1, X2 e Mini.
Nem só de más notícias viveu a entrevista de Fröhlich, com o técnico alemão a avançar que as unidades com quatro e seis cilindros a gasóleo estão garantidas durante os próximos 20 anos, para os motores da marca a gasolina estarem previstos para os próximos 30 anos. Contudo, tal não deverá acontecer sem o recurso a algum nível de electrificação, nomeadamente os híbridos plug-in da marca.
Contudo, na BMW abundam os veículos grandes e potentes, com motores necessariamente a condizer, pelo que interessa saber o que reserva o futuro aos V8 e V12 da casa. Fröhlich admite que “o V12 talvez não tenha um grande futuro, dado que apenas fabricamos uns milhares de unidades por ano e é necessário realizar grandes investimentos para o fazer respeitar os novos limites de poluição, cada vez mais restritivos”. Mas se o V12 está condenado, o V8 não parece em melhor situação. “Uma vez que já temos um motor de seis cilindros reforçado por uma unidade plug-in que já atinge 600 cv, não fará muito sentido manter o V8 em produção”, admite o responsável da BMW.
Fonte: Observador