Bridgestone será primeira a lançar pneu sem ar
Fabricante vai mostrar versão inicial em bicicleta para uso nas Olimpíadas de Tóquio. Bridgestone vai iniciar vendas para veículos comerciais antes de carros de passeio
A Bridgestone está empenhada em ser a primeira empresa a lançar um pneu que não use ar em seu interior. Para isso, a fabricante está mirando no segmento comercial, para colocar a tecnologia à prova, antes de lançar modelos para carros de passeio. Mas antes de tudo, vais mostrar uma versão conceito do pneu sem ar em bicicletas distribuídas para uso nas Olimípadas de Tóquio deste ano. A Brigestone é uma das patrocinadoras do evento.
O pneu é resistente a furos e não precisa de nenhum tipo de gás para “funcionar”. Em vez disso, se apóia em pequenos raios feitos de resina de plástico reciclado de alta resistência. Em comunicado à agência Automotive News, a Bridgestone afirma que já tem pneus capazes de suportar até 2,3 toneladas em cada canto do veículo.
Segundo a empresa, operadores de frotas estão pedindo este tipo de pneu há tempos. “Essa tecnologia soluciona problemas e economiza dinheiro para os frotistas”, explica Jon Kimpel, diretor executivo de novas soluções para a Bridgestone. Segundo Kimpel, as empresas registram problemas relacionados a pneus a cada 12 mil quilômetros rodados.
Bridgestone não está sozinha
Os conceitos para pneus sem ar não são novos. A fabricante americana mostrou seu primeiro conceito em 2011, com uma segunda geração em 2013. Segundo as empresas, o novo tipo de pneu promove melhor desempenho, menos peso, mais economia e também usa materiais recicláveis. Além da óbvia manutenção menor, sem a necessidade sequer de calibragem.
A Michelin já trabalha no pneu sem ar desde 2005 e recentemente mostrou o Uptis, em parceria com a GM. As duas marcas trabalham para que a novidade possa ser um opcional em modelos da GM a partir de 2024..
Ainda assim, a tecnologia deve aparecer primeiro em veículos comerciais. Os pneus sem ar ainda têm comportamento dinâmico diferente dos modelos convencionais e os motoristas demorariam a aceitá-lo. O uso em caminhões inicialmente poderá facilitar a aceitação geral.
Fonte: Jornal do Carro