Césio, o minério nas mãos da China que interessa aos EUA
É um minério essencial nas tecnologias de ponta e de enorme valor estratégico na economia atual. A sua extração é atualmente controlada por uma empresa chinesa. O suficiente para preocupar os EUA, país onde não é conhecida a existência de jazidas deste minério.
É um elemento químico de cor dourada, mas o seu valor por grama no estado puro é quase o dobro do ouro. É usado na indústria petrolífera, na indústria aeronáutica, na tecnologia das redes de telemóveis e do GPS. O essencial da sua exploração mineira está nas mãos de uma só empresa. Chinesa, a Sinomine.
É o césio (símbolo químico Cs), metal alcalino muito procurado pelo seu vasto uso na indústria eletrónica, química e de defesa. As suas propriedades são muitas. Os relógios com pilhas de césio são os mais precisos em existência, apresentando um desvio de um segundo em 300 milhões de anos.
Das três minas hoje ativas comercialmente de onde se extrai o césio, duas são operadas pela Sinomine Resource Group, com sede em Pequim, a de Tanco, no Canadá, e a de Sinclair, na Austrália. A terceira, Bikita, situa-se no Zimbabwe, e está agora concentrada na produção de lítio. Mas o césio que extrai é vendido à China, através da Sinomine.
O facto, associado ao controlo pela China da maioria das terras raras (grupo de 17 elementos com propriedades magnéticas e eletrónicas essenciais nas tecnologias de última geração, da eletrónica de consumo a equipamentos militares), preocupa os Estados Unidos e a Europa.
Em novembro de 2019, delegações europeias, dos EUA e do Japão estiveram reunidas em Bruxelas para discutir respostas à tendencial hegemonia chinesa no domínio das terras raras e de outros recursos estratégicos para as economias atuais.
Fonte: Plataforma Media