Coronavírus. Renault e Nissan fecham em Espanha
A Renault e a Nissan dizem que não foram elas as vítimas do coronavírus. Mas a verdade é que as suas instalações fabris fecharam as portas. O vírus chinês atacou a rede de fornecedores.
Há vários motivos que levam as fábricas, do que quer que seja, a suspender a laboração durante uma pandemia. São os operários que contraíram a doença ou suspeita-se de tal ou, então, são os fornecedores que foram acometidos pela maleita, o que os impede de garantir as peças necessárias à produção. As instalações fabris da Renault e da Nissan em Espanha defendem que foi o segundo o motivo que levou a suspender a fabricação de veículos.
Espanha é o segundo país europeu que mais está a sofrer com o coronavírus, o que é evidente pelo número de infectados e de mortos, o que posiciona o país vizinho logo atrás de Itália. Daí que não seja de estranhar que as fábricas espanholas figurem entre as têm mais têm dificuldades em manter a produção.
Depois de a Seat ter anunciado que a laboração da fábrica de Martorell iria parar, enviando 7000 funcionários para casa, com Matias Garnero, o líder do sindicato a informar a Reuters que a paragem se iria manter durante pelo menos seis semanas, eis que a linhas de produção da Renault e Nissan se juntaram ao movimento.
Por um lado, a Renault encerrou a fábrica que possui no norte de Espanha. Curiosamente, a produção foi suspensa durante apenas os primeiros dois dias na próxima semana. O que, face a todos os restantes anúncios das fábricas espanholas, parece (muito) abaixo das expectativas.
Já a Nissan ordenou que as duas fábricas que possui em Espanha, mais precisamente na região da Catalunha, cessassem a laboração, pelo menos até à próxima segunda-feira, devido à ausência de jantes para montar nos carros, por falhas no fornecimento deste tipo de peças. O anúncio foi realizado dia 13 de Março, segundo a Automotive News, pelo que não se percebe bem qual o período em que a fábrica japonesa vai parar…
Estes anúncios da Renault e da Nissan acontecem num país que decretou, no sábado, o estado de emergência durante os próximos 15 dias.
Fonte: Observador