Efeito Covid-19. Queda histórica do mercado automóvel nacional em abril
O comércio de automóveis em Portugal registou uma queda histórica nas vendas em abril, consequência do estado de emergência e das suas restritivas medidas.
O comércio de automóveis em Portugal ressentiu-se das medidas adotadas por causa do estado de emergência e caiu 84,8% em abril de 2020 (ligeiros comerciais e de passageiros), em comparação com os valores obtidos em 2019.
Com as concessões limitadas a vendas não presenciais, e apesar do esforço feito por muitas marcas para transitarem para o comércio online, foram registados apenas 2749 viaturas ligeiras de passageiros e 948 ligeiros de mercadorias.
O quadro seguinte é demonstrativo da queda homóloga destes segmentos e da dimensão da variação negativa acumulada em 2020, que não é mais elevada devido à subida verificada no início deste ano.
Abril | Janeiro – Abril | |||||
2020 | 2019 | %Var | 2020 | 2019 | %Var | |
VLP | 2.749 | 21.121 | -87,0% | 48.031 | 80.566 | -40,4% |
VCL | 948 | 3.154 | -69,9% | 7.584 | 11.880 | -36,2% |
Total de Ligeiros | 3.697 | 24.275 | -84,8% | 55.615 | 92.446 | -39,8% |
Em termos percentuais não é a maior queda registada no espaço europeu: Itália poderá ter caído 98% segundo notícia do Automotive News Europe, 96,5% em Espanha, de acordo com os dados da ANFAC ou 88,8% em França, refere o site autoactu.com
Ainda assim, para se ter uma dimensão da queda do comércio de automóveis em Portugal, a marca com mais ligeiros de passageiros matriculados foi a Peugeot com 332 unidades (2510 registadas em abril de 2019) e que apenas as treze primeiras classificadas matricularam cem ou mais ligeiros de passageiros.
Já nos comerciais ligeiros só três conseguiram o mesmo feito; Peugeot, Renault e Citroën, por esta ordem, obtiveram um resultado superior a cem unidades matriculadas.
“Nem em fevereiro de 2012, em plena crise financeira internacional, com uma descida histórica de 52,3%, o mercado caiu tanto num único mês, como no passado mês de março (-56,6%) e em abril de 2020 (-84,6%)”, refere o comunicado que acompanha as tabelas elaboradas pela ACAP.
Fonte: Razão Automóvel