A transferência de Luca De Meo da Seat para a presidência da Renault coloca o executivo italiano no topo da tabela dos mais bem pagos na indústria automóvel mundial. Com um salário que rondará os 5,8 milhões de euros por ano, o executivo italiano beneficiará de um aumento de 57% face ao ordenado do seu antecessor, Thierry Bolloré. Mas há números mais impressionantes no setor. E os de Elon Musk são esmagadores.
Segundo a agência Reuters, o novo homem forte do emblema francês e da Aliança com a Nissan e Mitsubishi, oficialmente em funções a partir de julho, irá receber este ano qualquer coisa como 1,3 milhões de euros em 2020, valor a que se devem somar as remunerações variáveis previstas, até 150% do seu salário fixo, dependendo dos objetivos alcançados, mais 75.000 ações da empresa.
De Meo estará assim num patamar contratual idêntico ao que tinha, por exemplo, Harald Krüger, outro “galáctico” do setor automóvel, com um encaixe de 5,37 milhões de euros em 2018, quando esteve ao leme do Grupo BMW.
Herbert Diess, no comando do Grupo VW, e Carlos Tavares, na PSA, aparecem referidos num escalão ainda superior. Segundo os números revelados relativamente ao ano de 2018, Diess recebeu 7,87 milhões de euros, soma que resulta de um salário fixo de 1,98 milhões, mais 3,05 milhões em compensações variáveis e prémios no valor de 2,84 milhões de euros. Já Carlos Tavares declarou um ordenado fixo de 1,5 milhões de euros/ano, a que se somaram 2,48 milhões variáveis, 1,25 milhões de prémio pela aquisição da Opel/Vauxhall e 2,4 milhões em ações. Contas feitas: 7,6 milhões de euros.
Fundador da Tesla terá sido o mais bem pago
Nos três lugares do pódio no ranking dos mais valiosos da indústria aparecem nomes como Dieter Zetsche, que terá recebido 8,26 milhões de euros em 2018, o seu último ano como presidente da Daimler. O alemão surge só atrás de Jim Hackett, na Ford, com um encaixe que rondou os 16,26 milhões de euros, e Elon Musk, o fundador da Tesla, que parece liderar esta tabela.
Segundo avançou o “The New York Times”, Musk recebeu 2.2 mil milhões de euros em 2018, grande parte através de ações da empresa. Informação que a Tesla se apressou a corrigir: “Elon ganhou 0 dólares em remuneração total da Tesla em 2018, e qualquer relatório é incorreto e enganoso. Ao contrário de outros CEO, Elon não recebe salário, bónus em dinheiro (…). A sua única compensação é um arriscado prémio de desempenho, projetado com objetivos ambiciosos, como duplicar a capitalização de mercado atual da Tesla de aproximadamente 40 mil milhões de dólares para 100 mil milhões”, podia ler-se na resposta publicada pela marca norte-americana.
Fonte: Motor 24
