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Embraer anuncia nome de parceria com Boeing para promover avião militar

“Joint venture” é o nome dado à ligação entre a Embraer e a Boeing, fabricantes de aeronaves. As empresas estão a desenvolver um avião militar que “irá liderar a próxima geração de aeronaves de transporte e mobilidade aérea”

A fabricante de aeronaves brasileira Embraer e a norte-americana Boeing informaram hoje que a ‘join venture’ que pretendem criar para promover e desenvolver a aeronave C-390 será designada “Boeing Embraer-Defense”.

Em comunicado conjunto, as duas empresas destacaram que a organização estará operacional apenas depois que a ‘joint venture’ (empreendimento comum) das empresas receber as aprovações dos órgãos regulatórios e cumprir com as condições para a conclusão das negociações.

“O nome da nossa ‘joint venture’ representa a forte parceria entre a Embraer e a Boeing que reforçará a competitividade global e ampliará os mercados potenciais para essa incrível aeronave, desenvolvendo e gerando maior valor para que o programa C-390 ofereça o melhor para nossos futuros clientes”, informou, no comunicado, Jackson Schneider, presidente executivo da Embraer Defesa & Segurança.

Marc Allen, presidente da Boeing para a parceria com a Embraer e operações do grupo, acrescentou: “A Boeing Embraer–Defense irá se basear no histórico de colaboração entre nossas empresas, no setor aeroespacial comercial e de defesa, para agregar maior valor ao C-390 Millennium, à medida que o avião está entrando em serviço e irá liderar a próxima geração de aeronaves de transporte e mobilidade aérea”.

As duas empresas frisaram que o C-390 Millennium é uma aeronave de transporte tático desenvolvida para estabelecer novos padrões na sua categoria, apresentando ao mesmo tempo o menor custo do ciclo de vida do mercado.

A aeronave militar já recebeu a Certificação Civil da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), do Brasil, em 2018 e está em produção.

Em agosto de 2019, Portugal assinou um contrato para adquirir cinco destas aeronaves com entregas previstas para 2023.

A Embraer terá 51% de participação na Boeing Embraer-Defense, enquanto a Boeing deterá os 49% restantes.

A parceria do C-390 Millennium é uma das duas ‘joint ventures’ planeadas entre as empresas.

A Embraer também anunciou, no domingo, que firmou um novo contrato com a CIAF Leasing, companhia sediada no Cairo, para a venda de três aeronaves E190, avaliado em 161,4 milhões de dólares (145,6 milhões de euros).

Os acionistas da Embraer aprovaram, em fevereiro, o acordo sobre a venda da divisão comercial da empresa à Boeing.

O acordo estipula que a Boeing deverá pagar 4,2 mil milhões de dólares (3,8 mil milhões de euros) para obter 80% da nova companhia e a Embraer ficará com os 20% restantes, estimando-se que o negócio fique concluído até o fim do ano.

A Embraer é fabricante e líder mundial de aeronaves comerciais com até 150 lugares e tem mais de 100 clientes em todo o mundo.

A empresa brasileira mantém unidades industriais, escritórios, centros de serviço e de distribuição de peças, entre outras atividades, nas Américas, África, Ásia e Europa.

Em Portugal, no Parque de Indústria Aeronáutica de Évora, funcionam duas fábricas da Embraer, sendo que a empresa também é acionista da OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal, com 65% do capital, em Alverca.

Fonte: TSF

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