Governo aprovou benefícios fiscais à Bosch e à Bial
Empresas vão investir um total de 74 milhões de euros em projetos de investigação nas áreas da saúde e da indústria.
O Governo aprovou às empresas Bosch e Bial, a atribuição de incentivos fiscais. Em conjunto, as duas empresas preveem investir um total de 74 milhões de euros, bem como proceder à contratação de cerca de 50 trabalhadores.
A aprovação desta medida foi publicada ontem em Diário da República. Na portaria, lê-se que este é um contrato celebrado pela Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, E. P. E., em representação do Estado Português, e a Bosch Car Multimedia, S. A., e a Universidade do Minho, que prevê um “projeto de investigação e desenvolvimento que visa o alcance de avanços científicos e tecnológicos num conjunto de ferramentas, processos e sistemas operacionais com aplicações nas diferentes fases da produção da fábrica daquela sociedade”.
O Governo deu assim luz verde aos apoios ao investimento de 26,3 milhões de euros para o projeto “Factory of The Future”, da Bosch que tem como objetivo desenvolver “soluções de industrialização, produção e controlo de qualidade de novos sistemas, produtos e componentes para a indústria automóvel”, lê-se na portaria.
Já o projeto da Bial, “Cardiomet & SNC”, representa um investimento de cerca de 48 milhões de euros. O projeto está relacionado com a realização de “ estudos clínicos e não -clínicos para identificação do potencial terapêutico de novos compostos nas áreas dos sistemas nervoso central e cardiovascular, de forma a determinar os seus efeitos farmacodinâmicos, farmacológicos e clínicos e a avaliar o seu perfil de segurança e de eficácia”.
Recorde-se que, já no início de dezembro, o i tinha avançado a realização do projeto da Bosch que coloca a Universidade do Minho no epicentro da vanguarda tecnológica da indústria automóvel. No total, o projeto já envolve mais de mil profissionais altamente qualificados e um orçamento perto dos 170 milhões de euros.
Em declarações ao i, o reitor da UM, Rui Vieira de Castro, considera esta parceria o reflexo da “tradição de interação e compromisso da universidade com o tecido económico e empresarial” e a sua “participação no desenvolvimento social e económico”. “A universidade assume, através deste projeto, o seu papel como agente de transformação e de desenvolvimento, que pretende sempre assumir”, refere.