Assim como aconteceu com o comércio, também a produção automóvel, em Portugal, registou, no passado mês de Março, uma queda de 46,1 por cento. Mais uma vez, consequência da pandemia de coronavírus que assola, não apenas o nosso País, mas todo o Mundo.
A constatação surge através daqueles que são os dados mais recentes, divulgados pela ACAP – Associação Automóvel de Portugal: a indústria automóvel portuguesa terminou o último mês de Março com apenas 17.096 veículos automóveis ligeiros e pesados produzidos.
Este número representa uma queda de 46,1 por cento face ao mês anterior, contribuindo, assim, fortemente, para um primeiro trimestre de 2020 igualmente negativo: 18,3 por cento foi a queda da produção, face ao período homólogo de 2019. Com os primeiros três meses do ano a terminarem com apenas 77.204 veículos produzidos.
A justificação para estas quedas em origem na pandemia de COVID-19 que atualmente cobre grande parte do mundo, e que, afirma a ACAP, conduziu a “importantes rupturas nas cadeias de aprovisionamento, nos canais de distribuição, na disponibilidade de mão-de-obra e na continuidade da actividade dos fornecedores”. Levando, assim, ao “progressivo e inevitável encerramento das unidades de produção automóvel a operar em Portugal a partir do final de Março”
Veículos pesados são os que mais caem
Na separação por segmentos, destaque para a queda na produção de veículos pesados, em Março, em mais de 61% (apenas 35 veículos pesados montados num mês…), seguida da diminuição no número de ligeiros de passageiros produzidos, em 47,1%.
Quedas que se registaram, também, nos números relativos ao primeiro trimestre de 2020, face ao período homólogo de 2019, com a montagem de veículos pesados a cair 36,4%; de ligeiros de passageiros, -20,5%; de comerciais ligeiros, -4,5%.
Recorde-se que a indústria automóvel portuguesa exporta 98,1% da sua produção, com a Europa a ser o principal mercado, ao absorver 97,5% da produção. Sendo que, desta, 19,4% destina-se à Alemanha.
Fonte: TURBO
