– O grupo que vai nascer desta fusão vai ter vendas anuais de 8,7 milhões de veículos, receita próxima dos 170 mil milhões de euros e um lucro operacional, superior a 11 mil milhões de euros, sendo este valor baseado no relatório e contas de ambas as empresas.
– A Exor, a holding da família Agnelli que controla a FCA com 29,2% do capital, transforma-se no maior acionista do novo construtor, com uma posição acionista de 14,5%.
– O grupo terá domicílio fiscal na Holanda e filiais em Paris, Milão e Nova Iorque.
– Carlos Tavares será o CEO da nova empresa, enquanto que John Elkann será o presidente.
– O conselho de administração do grupo terá 11 elementos, seis nomeados pela PSA (onde está incluído o CEO Carlos Tavares) e cinco pela FCA, incluindo John Elkann.
– A fusão quando completa, deverá gerar cerca de 3,7 mil milhões de euros de sinergias anuais, sendo que não está previsto o fecho de alguma fábrica.
– Antes da conclusão da fusão da FCA com a PSA, a primeira vai pagar aos seus acionistas entre 5 e 5,7 mil milhões de euros à guisa de dividendos extraordinários, cumprindo o “spin off” da Comau (especialista em robots para a indústria) com o capital avaliado em 250 milhões de euros a ser assumido pelos investidores
– No lado da PSA, o grupo liderado por Carlos Tavares vai distribuir pelos seus acionistas a participação de 46% na Faurecia, avaliada em 3 mil milhões de euros.
– Segundo o acordo, os maiores acionistas, a Exor, o banco estatal francês Bpifrance Participations e a família Peugeot, vão estar sujeitos a um período de bloqueio de venda das participações no novo grupo. Será permitido á família Peugeot aumentar a sua participação até 2,5%, mas apenas pela compra de ações ao Bpifrance Participation ou à chinesa Dongfeng Motor Group (DFG).
– Após a conclusão da fusão, será imposto um período de sete anos onde não podem ser feitas operações extraordinárias que possam afetar a governança do novo grupo, à Exor, Bpifrance Participations, DFG e família Peugeot.
– A FCA foi auxiliada neste negócio pela Goldman Sachs e os seus conselheiros independentes pela D’Angelin. No caso da PSA, a assessoria foi feita pela Messier MNaris & Associes, pela Mediobanca e pelo Morgan Stanley, com a Perella a ajudar o membro independente da administração da PSA. Dizer, ainda, que a Exor está a ser assessorada pela Lazard.
Fonte: Auto Mais