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“Se houver sinergias interessa-nos a fábrica de hidrogénio de Sines”

Na semana em que arranca a nova unidade fabril da Bondalti na Cantábria, em Espanha, João de Mello, o seu CEO, admite ao JE que pode ter interesse na fábrica de hidrogénio que o Governo quer lançar.

João de Mello, CEO da Bondalti, afirmou ao Jornal Económico que esta semana foram concluídos 23 meses de trabalho e acompanhamento do projeto da nova fábrica espanhola que arrancou em Torrelavega, perto de Santander, na Cantábria. Aí foram investidos 60 milhões de euros, numa unidade industrial com capacidade instalada para produzir 68 mil toneladas de produtos químicos maioritariamente destinados a produzir isolantes para o setor da construção, para o fabrico de borrachas e para a indústria automóvel. A unidade de Torrelavega vai empregar 40 trabalhadores diretos e 110 indiretos, no total de 150 postos de trabalho. Mas o fluxo de trabalho não para. Por isso, além da Bondalti estar interessada em atingir rapidamente a velocidade de cruzeiro na produção da unidade espanhola, não ignora as evoluções da atividade industrial concorrente, em geral, nem tudo o que se relaciona com os mercados dos produtos químicos que dizem respeito ao seu processo industrial, como é o caso do hidrogénio, necessário para produzir anilina. Atendendo ao facto de o Governo – e de o secretário de Estado da Energia, João Galamba – terem revelado interesse em captar para Sines uma grande fábrica de hidrogénio, eventualmente associada a um projeto holandês, João de Mello, enquanto produtor de hidrogénio, disse ao JE que “gostaria de saber mais detalhes sobre este investimento que poderá ser canalizado para Sines”.

“A tecnologia está em constante evolução e há muitos processos de produção que podem ter sinergias com a nossa atividade e se isso se conformar até poderemos ter interesse em participar nesse investimento”, referiu João de Mello. “É uma questão de avaliar bem os projetos em causa para a fábrica de hidrogénio em Sines, que ainda estão numa fase muito inicial – como se costuma dizer, ainda a procissão vai no adro”, comentou com humor.

Fonte: Jornal Económico

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